A Indústria da Reparação de Veículos do Brasil é um setor extremamente pulverizado, formado por milhares de micro e pequenas empresas familiares. Por tal característica, o segmento tem se empenhado em conquistar o Right to Repair, movimento que prevê a liberdade de escolha dos consumidores dos locais onde deseja realizar a manutenção e/ou reparação de seus veículos.
Atualmente, muitos produtos são projetados para que os consumidores tenham dificuldades de repará-los ou para impossibilitar o conserto. Isto atinge mortalmente o direito de propriedade dos consumidores adquirentes e cria cultura de obsolescência e de desperdício de recursos, além de limitar a concorrência no mercado e prejudicar profissionais da reparação.
O movimento Right to Repair tem como objetivo fazer com que os proprietários de veículos e os reparadores independentes tenham acesso às informações de diagnóstico do fabricante do carro, incluindo atualizações técnicas oferecidas às concessionárias, e também ferramentas específicas para o reparo, bem como peças necessárias para efetuar o conserto de forma eficiente, rápida e efetiva.
Três pilares do Right to Repair são: consumidor, que envolve garantia do exercício do direito de propriedade e de livre escolha para reparar, aumento de opções e qualidade de reparo, proteção do consumidor, redução de preços de serviços e disponibilização de peças e informação para reparo; fator ambiental, que abrange o estímulo à sustentabilidade para prolongar a vida útil dos produtos e à economia circular, redução do desperdício e da produção de lixo e mudança do mindset do consumo (reutilização e aproveitamento); e econômico, que compreende garantia da liberdade de concorrência efetiva entre os agentes econômicos, fomento da economia, pleno funcionamento e exercício do aftermarket e aumento no volume de negócios e empregos do setor.
O Right do Repair é tema central da Aliança do Aftermarket Automotivo, formada pelas seguintes entidades: AFER, ANDAP, ANFAPE, ASDAP, CONAREM, SINCOPEÇAS BRASIL, SINDIREPA BRASIL.